"Antes de eu ir [para a prisão], nós tínhamos escrito um livro, e eu fui a pessoa dei a palavra final no título do livro que é ‘A verdade vencerá’. Eu tinha tanta confiança e tanta consciência do que estava acontecendo no Brasil que eu tinha certeza que esse dia chegaria, e ele chegou", afirmou Lula no Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
“Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas sou eu, mas não tenho. Sinceramente eu não tenho porque o sofrimento que o povo brasileiro tá passando, o sofrimento que as pessoas pobres estão passando neste país é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra
"Eu
vou tomar minha vacina e quero fazer propaganda pro povo brasileiro:
não siga nenhuma decisão imbecil do presidente da República ou do
ministro da Saúde. Tome vacina. Tome vacina porque a vacina é uma das
coisas que pode livrar você do Covid. Mas mesmo tomando vacina, não ache
que você possa tomar a vacina e já tirar a camisa, ir pro boteco, pedir
uma cerveja gelada e ficar conversando, não! Você precisa continuar
fazendo o isolamento, e você precisa continuar usando máscara e
utilizando álcool em gel."
Na última segunda-feira (8), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulou todas as condenações do ex-presidente pela Justiça Federal no Paraná relacionadas à Operação Lava Jato. Com a decisão, o ex-presidente Lula recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível.
Fachin aceitou o argumento da defesa de que essas denúncias não estariam diretamente ligadas a desvios na Petrobras, e determinou o envio dos processos para a Justiça Federal do Distrito Federal.
Lula agradeceu a Fachin e disse que a decisão do ministro reconheceu que nunca houve crime cometido contra ele ou envolvimento dele com a Petrobras. No entanto, a decisão do ministro foi apenas processual: ele avaliou quem tinha competência para analisar o tipo de denúncia proposta. Fachin não analisou se Lula é culpado ou inocente.
Defesa de vacina e críticas a Bolsonaro
Lula, que estava de máscara no evento, retirou a proteção para discursar. Ele disse que fez isso após consultar médico e por estar a mais de 2 metros distante de outras pessoas.
O ex-presidente prestou solidariedade às famílias que perderam pessoas para a Covid-19 e aos que estão desempregados.
Lula chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "fanfarrão" e criticou a forma como ele está conduzindo o país. Afirmou que o Brasil "não tem governo", que a população precisa de emprego e não de armas, e defendeu a vacinação e as medidas de isolamento social – Bolsonaro tem adotado medidas para facilitar o acesso a armas, é um crítico das restrições de circulação e resistiu a comprar vacinas contra o coronavírus.
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