Um dos fatos históricos mais surpreendentes do século passado completou 30 anos neste sábado 09 de Novembro de 2019: a queda do muro de Berlim.
Foi de propósito que os velhos blocos de concreto ficaram pelo caminho. É para ninguém se esquecer de que, durante quase três décadas, a cidade foi dividida, que alemães orientais eram proibidos de sair do lado comunista, e que muita gente morreu em busca de liberdade.
Naquele 9 de novembro de 1989, quando um porta-voz atrapalhado disse que o muro se abriria imediatamente, o povo eufórico saiu de casa para dar marteladas no autoritarismo.
Ao destruir seu muro, a Alemanha Oriental deixava de se submeter à União Soviética e se abria por completo às vantagens e desvantagens do capitalismo.
É curioso como um lugar que já foi um dos mais tensos do mundo, de repente se transformou em um ponto turístico. A casinha que foi reconstruída onde antes ficava o Checkpoint Charlie, um lugar de confronto constante entre americanos e soviéticos, sempre prestes a pegar fogo.
Os anos de divisão deixaram traumas. O antigo lado oriental é até hoje mais pobre e tem menos oportunidades. Sentindo-se negligenciados, os alemães orientais tornaram-se o maior eleitorado de um partido que se apresenta como alternativa para a Alemanha, o AFD.
A poucos metros do velho muro, no parlamento regional em Berlim, o deputado Franck-Christian Hansel disse que o AFD é contra excessos nas políticas ambientais, que defende o fechamento de fronteiras e quer botar um freio na imigração.
Fonte: G1
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